domingo, 30 de setembro de 2012

CERATOCONJUNTIVITE SECA POR PARALISIA DO NERVO FACIAL TRAUMÁTICA EM UM GATO



NOGUEIRA,   S.S.S.1;  FARIA, E.G.*1, PRADO, T.D.1; SOUSA, M.G.2;  CARARETO, R.2

1.  Alunos do curso de graduação em Medicina Veterinária, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína, BR 153, Km 112, Araguaína- TO.

2.  MV, MSc, PhD, Professor Adjunto, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Tocantins, campus de Araguaína, BR 153, Km 112, Araguaína- TO; marlos@uft.edu.br.


A  paralisia do  nervo  facial é a neuropatia craniana aguda mais comum.

Quanto à etiologia,  tal ocorrência pode ser classificada de duas formas:  idiopática 
ou sintomática. Dentro da forma idiopática, a paralisia de Bell é a mais freqüente, de causa desconhecida, sendo sugerida causa viral, que ocorre no trajeto proximal do nervo facial  junto  à saída do forame estilomastóide. A forma sintomática pode ser causada por trauma ou  tumores que comprimam o nervo facial. Esta forma é , em geral, pouco comum. Entretanto, o  trajeto complexo e tortuoso do nervo facial  o torna vulnerável às lesões (KODAMA, 2007;  REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO, 2007) .


Lesões traumáticas da porção petrosa do osso temporal freqüentemente produzem, simultaneamente, deficiência dos nervos facial e vestibular. A principal complicação da paralisia do nervo facial, além da estética, é a possibilidade de ceratite por exposição se as glândulas lacrimais estiverem denervadas. Um teste da lágrima de Schirmer deve ser efetuado e, constatando-se redução da produção lacrimal, deve -se  administrar um substituto artificial da lágrima  diariamente (KODAMA, 2007; REDE SARAH DE HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO, 2007) .  


A ceratoconjuntivite seca, ou olho seco, é considerada um problema oftálmico comum em cães. A condição geralmente resulta da deficiência do componente aquoso do filme lacrimal pré-corneano . Pode decorrer de inúmeras condições.  Predisposição racial, hipotireoidismo, paralisia do nervo facial, medicamentos (atropina, sulfonamidas), excisão cirúrgica da glândula da terceira pálpebra, conjuntivite e cinomose têm sido incriminados.


sinal marcante em pacientes acometidos  caracteriza -se  por secreção ocular mucóide a muco-purulenta, que se adere ao epitélio e que, normalmente, acompanha perda de brilho na córnea e hiperemia conjuntival. Casos agudos podem produzir ulcerações superficiais, profundas e até a perfuração da córnea. Também podem ocorrer  manifestações superficiais crônicas com deterioração progressiva da visão, bem como  vascularização e pigmentação da córnea(LAUS; ORIÁ, 1999).


Com este trabalho, objetivou -se relatar um  caso de ceratoconjuntivite seca em gato doméstico,  decorrente da paralisia no nervo facial traumática.


Foi atendido no  Hospital Veterinário  Universitário  da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, da  Universidade Federal do Tocantins,  campus de Araguaína, um gato, macho,  com 6 meses e pesando 3 Kg, apresentando opacificação e formação de neovasos corneanos. Explorando-se a história clínica do paciente, constatou -se que o m esmo havia sido atropelado há alguns meses, tornando -se incapaz de piscar o olho desde então.

Foram realizados os testes do reflexo corneano com cotonete e dos reflexos palpebrais, sendo que no olho esquerdo, tais avaliações evidenciaram ausência de reflexos, sugerindo um quadro de paralisia do VII nervo craniano (facial), provavelmente relacionado a uma possível lesão traumática em face do atropelamento anterior.


Foi realizado o teste da lágrima de Schirmer, demonstrando baixa umidade, e teste da fluoresceína, que não evidenciou úlceras de córnea. Em face da ceratite superficial não- ulcerativa possivelmente relacionada à paralisia do nervo facial, instituiu-se um protocolo terapêutico que incluiu  tobramicina  (1 gota no  olho esquerdo seis vezes ao dia),  dextrano 70  +  hipromelose em associação  (1 gota no olho esquerdo seis vezes ao dia) e  sulfato de  condroitina (1 gota  no olho esquerdo quatro vezes ao dia), devendo o animal retornar para reavaliação do caso clínico. 


Houve melhora parcial, com  minimização das manifestações clínicas oculares. É provável que a  remissão completa não tenha ocorrido  devido  à não aderência integral do proprietário ao protocolo medicamentoso prescrito .


A abordagem terapêutica  empregada é  parcialmente  condizente com as recomendações  atuais. Desse modo, incluiu um substituto artificial da lágrima, um antibiótico tópico e o sulfato de condroitina (LAUS; ORIÁ, 1999; MAMEDE et al., 2002). Embora recomendado em casos de ceratoconjuntivite seca(LAUS; ORIÁ, 1999), não foi possível utilizar ciclosporina  em face da restrição financeira do proprietário. 












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