sábado, 16 de fevereiro de 2013

HEPATOPATIAS ESPECÍFICAS DE ALGUMAS RAÇAS

Susan E. Johnson, DVM, diplomada pela ACVIM (Medicina Interna), professora associada do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Ohio. 


HEPATITE CRÔNICA ASSOCIADA AO ACÚMULO DE COBRE: 

Raças: Bedlington Terrier, West Highland White Terrier, Doberman Pinscher, Skye Terrier, Dálmata e Labrador. 

* Os cães da raça Bedlington Terrier desenvolvem hepatite crônica devido a uma falha metabólica genética que impede a excreção biliar do cobre. 

* A injúria hepática ocorre quando a concentração de cobre excede 2000ug/g (o normal é menos que 400ug/g). 

* Os cães afetados podem ser assintomáticos nos estágios iniciais ou mostrar sinais agudos de necrose hepática, hepatite crônica ou cirrose. 

* O indicador laboratorial mais sensível é o aumento da enzima ALT no soro sanguíneo, porém cães muito novos ou em estágios iniciais do problema podem apresentar níveis normais da enzima. 

* A anemia hemolítica pode ser causada pela liberação aguda de cobre pelos hepatócitos necrosados. 

* A biópsia hepática é indicada para realizar o diagnóstico definitivo. Histologicamente o tecido hepático revela grânulos escuros no citoplasma dos hepatócitos, são lisossomas repletos de cobre. 

* Bedlington Terriers assintomáticos devem restringir o cobre dietético e suplementar zinco. 

* O acetato de zinco não deve ser usado em cães com acúmulo severo de cobre sinais de disfunção hepática. Neste caso, o tratamento será realizado com quelantes do cobre como a penicilamina e a trientina. Vitamina E também é recomendada. O tratamento da anemia hemolítica poderá requerer transfusão sanguínea. 


Cão da raça Bedlington Terrier.






Semana que vem postarei informações sobre as outras raças citadas que são suscetíveis em acumular o metal cobre no fígado.