Susan E. Johnson, DVM, diplomada pela ACVIM (Medicina Interna), professora associada do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Ohio.
HEPATITE CRÔNICA ASSOCIADA AO ACÚMULO DE COBRE:
Raças: Bedlington Terrier, West Highland White Terrier, Doberman Pinscher, Skye Terrier, Dálmata e Labrador.
* Os cães da raça Bedlington Terrier desenvolvem hepatite crônica devido a uma falha metabólica genética que impede a excreção biliar do cobre.
* A injúria hepática ocorre quando a concentração de cobre excede 2000ug/g (o normal é menos que 400ug/g).
* Os cães afetados podem ser assintomáticos nos estágios iniciais ou mostrar sinais agudos de necrose hepática, hepatite crônica ou cirrose.
* O indicador laboratorial mais sensível é o aumento da enzima ALT no soro sanguíneo, porém cães muito novos ou em estágios iniciais do problema podem apresentar níveis normais da enzima.
* A anemia hemolítica pode ser causada pela liberação aguda de cobre pelos hepatócitos necrosados.
* A biópsia hepática é indicada para realizar o diagnóstico definitivo. Histologicamente o tecido hepático revela grânulos escuros no citoplasma dos hepatócitos, são lisossomas repletos de cobre.
* Bedlington Terriers assintomáticos devem restringir o cobre dietético e suplementar zinco.
* O acetato de zinco não deve ser usado em cães com acúmulo severo de cobre sinais de disfunção hepática. Neste caso, o tratamento será realizado com quelantes do cobre como a penicilamina e a trientina. Vitamina E também é recomendada. O tratamento da anemia hemolítica poderá requerer transfusão sanguínea.
Cão da raça Bedlington Terrier.
Semana que vem postarei informações sobre as outras raças citadas que são suscetíveis em acumular o metal cobre no fígado.
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